Na hora seguinte ao assassinato ocorrido no elevador do Shopping Independência, o movimento de pessoas na Praça Saldanha Marinho era grande. Trabalhadores e clientes do shopping e pessoas que estavam na rua comentavam sobre o crime. Mas quando perguntados se viram alguma coisa, a lei do silêncio vinha à tona.
Os comerciantes diziam não conhecer nem a vítima nem o autor dos disparos. Quem estava no local na hora do assassinato também afirmavam não ter visto nada, apenas ouviram os disparos e, em seguida, a movimentação das pessoas saindo.
Ouvi (o barulho do tiro) e pensei que fosse um rojão, mas em seguida ouvi um "ai, ai, ai". Foi aí que começaram a comentar: "mataram um lá em cima". Foi uma correria, todo mundo saindo para fora, e a polícia entrou. Não tenho medo, vou vir trabalhar amanhã. Mas o movimento diminui, só vem os curiosos aqui. O problema é que Santa Maria inteira tá violenta comenta um trabalhador que não quis se identificar.
Outra vendedora defende que as pessoas envolvidas com o crime não têm relação com o shopping.
A gente está indignado com isso. É gente de fora que vem aqui porque sabe que não tem segurança nenhuma desabafa a funcionária.
A reportagem tentou contato com a administração do shopping, mas não obteve retorno.
Além disso, os vendedores lembraram que a Praça Saldanha Marinho também é um local sem segurança:
Quantas vezes eu vi pessoas serem assaltadas ali na praça. E cadê a Brigada? Cadê a Guarda? Por que o nosso shopping não tem a mesma segurança dos outros? A gente paga aluguel também desabafa uma mulher.
Entre os frequentadores, os momentos foram de susto e tensão:
Ouvi o barulho. As pessoas correndo e muita polícia chegando. Santa Maria tá cada vez mais perigosa. Outro dia mataram um por engano na escola de samba. Dizem que esse foi por engano também comentou um homem que passava pela frente do shopping na hora do disparo.
A Guarda Municipal, que é responsável pelo monitoramento de locais públicos, informou que há patrulhamento durante 24 horas por dia na Praça Saldanha Marinho, em frente ao prédio da SUCV e também no Calçadão. O comandante interino do 1º Regimento de Polícia Montada (1º RPMon), major Paulo Antônio Flores de Oliveira, garante que a Brigada Militar faz o patrulhamento da região central, mas "que isso não significa que os fatos não irão acontecer".
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